05 outubro, 2011

Mulheres hoje, ontem, amanhã e depois de amanhã talvez (sou péssimo com títulos ¬¬')

A tão falada hoje em dia igualdade de direitos (e indiretamente, de deveres) entre
homens e mulheres é uma farsa. Não estou exagerando, basta dar uma olhadinha ao
redor com atenção e imparcialidade, se você trabalhar em uma grande empresa, veja as
estatísticas salariais (se assim estiver disponível) as mulheres com a mesma qualificação
recebem menores salários, gratificações, promoções, etc... Estamos acostumados a ver
uma grande magnata dos negócios, de meia idade, de terno (com uma família instável de
classe alta com diversos casos de traição) e bem vestido. Essa é a imagem que nos vem
à mente quando pensamos em liderança empresarial, mas é bastante difícil alguém
pensar numa mulher, de vestido ou tailleur sóbrio e cores amenas, atrás de uma mesa no
último andar de um prédio de 40 andares, mandando e desmandando em centenas de
funcionários.
Assistam “O Diabo Veste Prada”, já passou algumas vezes na Globo, mas
recomendo a versão em DVD, com todas as cenas, mostra esse papel de Grande
Empresário numa mulher (ótima atuação de Meryl Strip como a Miranda Priestly), que
apesar da fama de “Dama de Ferro” por ter deixado pra trás três maridos por falta de
tempo livre, tinha sim sentimentos e o que mais importava pra ela era o bem estar de
suas duas filhas gêmeas. Um bom argumento da protagonista era que se Miranda fosse
homem, todo mundo apenas a elogiaria pelo seu excelente trabalho na Runway
Discussões de ética, moda, e vaidade à parte, que ocupam o enredo do filme,
mostrou uma boa lição de como as pessoas costumam tratar uma mulher só porque ela é
“mulher”. Nos acostumamos a achar que uma mulher deve ser frágil, delicada e
dependente. Essa visão está quase no subconsciente de boa parcela da população, aliás,
alguns novos adjetivos foram incluídos nesses últimos anos: de que a mulher deve ser
Sexy, Gostosa e Fácil. “Mas comu acim? Não saum elas ki agem acim?” deve ser o
argumento de um lazarento analfabeto e ignorante que serve de exemplo à mentalidade
de uma parcela da população que foi criada de forma que desvalorizem os outros, o
tempo todo tratando-os como pedaçoes de carne, e quando dizem encontrar o “s2 amor
da vida s2” fazem juras eternas que mostram não serem verdadeiras em menos de uma
semana, quando são flagrados cantando a(o) primeira(o) que aparece na frente com o
bíceps/bunda de maior calibre que do antigo “amor-da-vida-dessa-semana”.
Essas atitudes mostram cada vez mais que usam outras pessoas para extravasar
a falta de confiança, companheirismo, e até de afeto que cresce mais e mais entre as
pessoas de hoje em dia. Não imagina o quanto que fico admirado quando vejo um casal a
moda antiga, que acompanha, protege, e confia no conjuge, sem levar em conta que os
peitos dela não é do tamanho de uma TV 14 polegadas ou o cara não tem corpo talhado
por 8 horas diárias na academia e anabolizante para cavalos.
A liberdade sexual das mulheres e a mais falsa de todas, já que elas são criadas
para serem o tempo todo contidas, recatadas e oprimidas. Você poderá ver um pai
dizendo todo orgulhoso: “Meu filhão de 15 anos é macho mesmo, comeu a empregada!
Hehehehehe *risada orgulhosa* ”, mas dificilmente ouvirá: “Ai amiga, minha filha de 16
anos deu pro encanador, mas que safadinha!” (a não ser que seja em tom de lamento...).
Ambas as atitudes não são recomendadas, mas você entendeu.
O que estou dizendo não é que todo mundo saia transando indiscriminadamente,
mas que não dependa da opinião de outra pessoa.
Outra forma de influenciar é a constante mídia de que é natural e bom transar
com o maior número de pessoas, a exemplo de alguns tipos de músicas, leia-se funk, axé
e rap, podem falar o que quiser, mas não se pode negar a forte influência sexual em
algumas músicas desses gêneros. Dizem que apenas fazem o que a galera quer ouvir,
mas a realidade que as músicas exprimem a crescente desvalorização do sexo oposto, as
músicas pioram muito isso. Mostram apenas o lado primitivo das pessoas, sexo, sexo
,sexo e sexo, como se o mundo se resumisse aquilo que está entre suas pernas, não digo
para um funk produzir uma profunda reflexão do cenário sociopolítico do país, o que
alguns de fato fazem, mostrando a realidade das favelas por exemplo, não há muito o que
fazer se os adolescentes querem ouvir só “us proibidaum”. As bandas/grupos ficariam
fadadas ao fracasso ou ao pouco reconhecimento do povão se fugissem um pouco a esse
padrão.
As mulheres que gostam de ir a um baile funk, não significa que sejam vadias,
mas esse é um lugar onde podem liberar toda a safadeza reprimida, de certa forma é
ótimo pra elas, e talvez melhor ainda para os homens. Pensar nas consequência nem
sempre é comum, algumas podem ganhar uma barriga estranhamente redonda alguns
meses depois.
Ou talvez a “nova geração” esteja numa transformação semelhante áquela que
nossos pais passaram e que tanto surpreendeu nossos avós. Será que eu estou ficando
velho, que simplesmente não consigo entender as modernidades na próxima geração?
Geração que volto a repetir, segue o mesmo padrão de corpos bombados e franjas lisas
da mesma forma que os topetes gigantes e jaquetas de couro nos anos sessenta dos
EUA (pessoalmente eu não sei a moda dos anos 60 no Brasil...). Eu é que tenho que
seguir esse padrão ou continuo me vestindo do jeito que eu acho melhor (tênis , calça
jeans e camisa com estampa engraçada)? Bom, isso é eu que tenho que resolver né? Vai
me dar muito o que pensar se gasto várias horas do meu dia em academias, lojas de
departamento e baladas “caçandu ar cocota”.
P.S.: Eu tenho 17 anos
P.S.2: Estou sendo preconceituoso em algumas partes do texto, estou ciente
disso, mas apenas generalizei para melhor explicar minha opinião, você tem todo o direito
de me criticar o quanto quiser, mas que pelo menos faça isso de forma que dê pra
entender, não escreva como um babuíno batendo a cabeça no teclado...

Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário: