Rede Globo parece ter finalmente ter percebido que as velhas fórmulas de sucesso nas novelas perdeu o prazo de validade faz tempo.
Dando um jeito de inovar de várias formas, como temas interessantes juntos na mesma obra (Morde & Assopra, cujo nome eu semore confundo com
Cobras & Lagartos); Remake de uma novela de grande sucesso (O Astro) e um bom clichê por que ela não é de ferro, precisa de um porto seguro para propagandas.
Vamos á primeira novela, Morde & Assopra, como toda novela das sete, especialmente com Walcyr Carrasco, é bastante focada no humor, com poucas referâncias sexuais,
usa de temas leves em sua maioria, mas aborda algum draminha Sessão da Tarde para promover discussão ética. Não é muito diferente de outras novelas do mesmo horário.
Assemelha-se a Malhação (ser comparado com Malhação nunca é boa coisa), consegue manter a atenção satisfatoriamente.
Não precia falar muito da novela das Nove, você provavelmente sabe como é, tirando os temas abordados,
nome dos personagens, etc... Mas inovou bastante em um aspecto,
a personagem de Glória Pires ganhou minha simpatia logo que começou a sua vingança à la Conde de Monte Cristo,
o porquê disso é por causa do uso da inteligência, algo admirável em um mocinho.
Geralmente os personagens bons (repare bem que eu disse "Personagens Bons" e não Bons personagens), são amorosos,
amigos, simpáticos, engraçados, corajosos, honestos, dignos de um curso avançado com os Ursinhos Carinhosos, mas JAMAIS, são espertos,
foje á regra aqueles "simpáticos" ladrões que se redimem de todos os crimes para ir pro lado do "Bem". A inteligência e esperteza
costuma ser uma características reservada apenas aos maus, como ter esse tipo de qualidade fosse pecado, que bondade é sinônimo de burrice,
de apenas "seguir o coração".
Bom, antes que eu vomite, iremos á terceira novela, a mais interessante. Como nossos avós nos explicariam com toda boa vontade e paciência,
O Astro foi uma obra de alta qualidade se comparada com as novelas atuais, escrita por uma gênia da dramaturgia, original, criativa, surpreendente, emocionante,
e outros adjetivos que virão á mente de alguém que tenha acompanhado a primeira versão de O Astro. Regravar uma novela recentemente se mostrou uma ótima idéia,
se fez sucesso estrondoso numa época que existiam menos Tvs que adolescentes grávidas (naquela tempo é claro...).
Sem tirar o valor disso, realmente eu gostei do tema, história, atrizes, e tudo mais que apareceu em dez segundo de comercial.
Não devemos esquecer que por volta daqueles tempos, a quantidade de informação direcionada ao público era mínima, não havia Twitter, MSN, Pânico na Tv e Zorra Total ainda tinha boas piadas.
Hoje em dia, por mais absurda que seja a idéia, invariavelmente será considerada plágio de alguma coisa, detesto a idéia de defender a Globo, mas nessa parte eu tenho que concordar.
Se eu criar um videozinho sobre Loiras Suecas Ninfimaníacas Bissexuais (idéia pessoalomente plagiada da Desciclopédia), irá aparecer alguma onanista de lá do Tibete reclamando que ele fez algum pornô amador(sozinho ou não) com esse título.
A criação de informação passou de unilateral (as grandes empresas de informação e redes), para Penta-multi-hexa-PQP-lateral.
Mas ess é outro assunto que discutirei em outra oportunidade...
Resumo da ópera: A nossa Rede Globo, usando de grandes sucessos do passado, vai usar isso para realavancar o horário e recuperar audiência de um público mais acostumado a inovações, parece contraditório, mas eficaz, até eu to gostando da idéia.
Mas não quero e decepcionar nos primeiros cinco minutos.
Quero algo que me convença a não desligar a tevê e correr pro PC. Como era quando era criança.
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